Data de Publicação: 21/10/2015
COMERCIANTE DEIXA R$ 1 MIL NA LATA DE LIXO
Lixeiros encontraram o dinheiro e devolveram à Natalícia, que havia “guardado “ o valor no lugar inusitado com medo de assaltos.
Um descuido de uma comerciante quase a fez perder mais de R$ 3 mil. Ela guardou R$ 1.030,00 em dinheiro e mais de R$ 2 mil em cartões de orelhão e de celular em uma sacola e a colocou, por segurança, no lixo do seu quilão, em Soteco Viana.
Apesar do esquecimento, ela recuperou o dinheiro, que foi encontrado e devolvido pelos lixeiros Benedito José Alves e Carlos Renato Cicero e pelo motorista do caminhão Ângelo Preciliano.
Dona do quilão há 10 anos, a comerciante Natalícia Aigner, 57, contou que guardou em uma sacola os cartões telefônicos que vende no estabelecimento. Junto com os cartões, guardou o faturamento de todo o Carnaval : R$ 1.030,00.
“Ontem à noite (quarta-feira), estava muito cansada e não tirei o dinheiro de dentro da sacola. Coloquei na lixeira, pois acho um lugar seguro. Nenhum ladrão iria procurar dinheiro lá”, afirmou.
Ontem, às 5h30, ela abriu o comércio. Por um descuido, levou o lixo para fora e esqueceu da quantia que estava na lata.
“Percebi quando uma cliente veio pedir um cartão para comprar. O caminhão de lixo tinha acabado de passar. Na hora, comecei a tremer e pensei que tinha que ligar para a prefeitura”, disse.
Segundo ela, a pessoa que atendeu o telefone acionou a Secretaria de Serviços Urbanos.
O secretário de Serviços Urbanos de Viana, Jackson Sá, contou que Natalícia estava aos prantos quando ligou para a secretaria. “Nós procuramos tomar pé da localização do caminhão de lixo para tentar ajuda-la”.
Os lixeiros pararam o caminhão cerca de 20 minutos após ter passado no quilão da Natalícia.
“A gente tentou encontrar a sacola do lado de fora da prensa, mas não estava. Tivemos que abrir o caminhão e despejar o lixo todo. Foram 30 minutos procurando, ate que achamos”, disse Ângelo.
A coleta de lixo em Viana é terceirizada. Do caminhão, o lixo é encaminhado para dois aterros sanitários: um em Xuri, Vila Velha e outro em Cariacica.
Para Natalícia, foi uma hora de agonia. “Foi uma alegria imensa quando eles encontraram aquela sacola. Eu não sabia nem quanto tinha lá. A gente luta, numa dificuldade danada, imagina perder tudo assim?”, observou.